quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Como nasceram os Grupos De Partilha De Boas Práticas?

Vou contar como nos surgiu esta Ideia dos Grupos de Partilha de Boas Práticas…

No decorrer da preparação das formações /workshops para o próximo ano lectivo, uma das cabeças pensantes aqui do Ideias&Creação disse:

 – “Podíamos preparar uma formação sobre Boas Práticas Educativas em contexto de Creche e Jardim de Infância (ou outros espaços educativos)”

 e, uma das outras cabeças pensantes aprofundou estes considerandos e...

- …bem, e que tal, em vez de uma formação isolada, formarmos grupos, à semelhança do que temos no decorrer da formação inicial dos cursos de educadores de infância, nos célebres Seminários de Estágio? Em que se debate e aprende o que se deve e não deve fazer ou qual a maneira mais politicamente correcta para vivenciarmos o nosso dia-a-dia com as crianças e as famílias! E, como nos sabia tão bem estas aulas, porque saíamos de lá a sentir que sabíamos sempre mais um bocadinho e, ao mesmo tempo, a pensar que o que aquela colega está a fazer é tão interessante que também vou experimentar na minha sala com os meus meninos (estes pensamentos de “ meus meninos” é mesmo muito nosso, de educadoras) e acrescentamos assim um pouco mais ao que vamos fazendo e temos também um “colo” (lá voltamos nós à meninice, outra vez!) que nos permite desbravar mundo, o mundo das nossas crianças, claro está e…, e…

- Boa, excelente Ideia! Fantástico! – aqui fala a primeira cabeça pensante (sim, as cabeças pensantes gostam dos elogios e do pensamento positivo, pois então!).

- Vamos avançar com isso, assim uma espécie de grupos de supervisão! – dizia a segunda cabeça pensante.

- Não, chamar-lhe supervisão não me parece bem, até porque esta palavra tem sido um pouco maltratada nos últimos tempos – volta a falar a primeira cabeça pensante.

- Está bem, não lhe chamemos grupos de supervisão, podemos chamar qualquer coisa como Grupos de Partilha de Boas Práticas Pedagógicas – encontramo-nos todas as semanas, com grupos pequenos que é para permitir uma maior partilha entre todos/as e assim melhorarmos o trabalho que se faz nos diversos contextos educativos aqui por estas zonas.

Ficaram as cabeças pensantes a delinear tudo isto: Ideia para aqui & Creação para acolá, sobre a forma de operacionalizar tudo isto e se tornar eficaz. Foi então que me lembrei do Mestre por direito e excelência - João dos Santos - com o seu: “Come si va a la Piazza San Marco?”:

“Come si va a la Piazza San Marco?” – perguntei eu a uma menina que jogava à macaca numa pequena praça de Veneza. Passeava um dia por Veneza, dizia eu, quando deparei com uma pequena praça de onde partiam quatro ou cinco ruas, quase que em estrela. Não se via ninguém…a não ser a menina. Jogava sozinha à macaca. Dirigi-me a ela e perguntei-lhe:

- “Dimmmi bambina, come si va a la Piazza San Marco?”

A menina parou espantada, com um pé no ar, e depois de alguns segundos de reflexão voltou ao seu mundo e sem me olhar, continuando a saltar ao “pé-coxinho”, disse-me com ar categórico:

- “Per tutte strade si va a San Marco!”

Eu sabia que era verdade, mas naquele momento ainda não tinha verificado que se tratava de uma verdade tão verdadeira. “

João dos Santos, (1991). Ensaio Sobre Educação – II - O Falar das Letras. Livros Horizonte.


O resto da história fica para depois, quando trabalharmos em conjunto e partilharmos dúvidas, angústias, necessidades, certezas, sentires, vivências, desassossegos interiores como profissionais, mais certezas e mais desassossegos e mais dúvidas e… esperamos por vocês!

 Inscrevam-se!!!

Célia Gandres,
Educadora de Infância e Psicóloga Educacional

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Plano de formações - para Técnicos, Docentes e Profissionais da área da educação


PARA TÉCNICOS, DOCENTES E PROFISSIONAIS DA ÁREA DA EDUCAÇÃO

(Educadores de Infância, docentes, auxiliares de educação e outros técnicos interessados)

- Setembro -

Dia
Horas
Tema
Objectivos
Formador(es)
Quarta dia 14
18h00 – 20h00
“Nós e o Jardim de Infância”
- O papel do educador no JI
- A organização da sala e a dinâmica educativa: as áreas
- O seu papel na interacção com as famílias
Célia Gandres (Educadora de Infância e Psicóloga Educacional)
Quarta
dia 28
e
Sábado
dia 1
18h00 – 20h00
e
10h00 – 13h00
14h00 – 17h00
“O Principezinho, o Harry Potter e a Matemática no Pré-Escolar”

- Dar a conhecer os conteúdos das Orientações Curriculares e as noções da matemática no pré-escolar
- Autores de referência: Piaget/ Vygotsky/ Gardner
- O Papel do Jogo/ O País dos Números/ A Resolução de Problemas/ O Espaço e o Tempo/ A Geometria
- Materiais pedagógicos com conteúdos matemáticos
- Os livros Matemática na creche e no jardim-de-infância
Célia Gandres (Educadora de Infância e Psicóloga Educacional)

Plano de Formações - Para todos os agentes educativos

PARA TODOS OS AGENTES EDUCATIVOS

(Educadores de Infância, docentes, auxiliares de educação e outros técnicos interessados; Pais/ Famílias)

- Setembro -
 

Dia
Horas
Tema
Objectivos
Formador(es)
Sábado dia 10
10h00 – 12h00
“Birras- Regras e Limites”
- O que é a brirra? O que fazer para evitá-la
- O que fazer durante uma birra
- A importância das regras
Ana Rita Barros (Psicóloga Educacional)
Célia Gandres (Educadora de Infância e Psicóloga Educacional)
Sábado dia 17
10h00 – 12h00
“Nós (escola) e as famílias – Envolvimento e Interacção”

- Promover a reflexão/debate acerca das características essenciais que devem estar presentes na relação escola-família
- Evidenciar a importância das expectativas de cada elemento para um bom desenvolvimento das crianças
- Identificar características positivas e negativas na relação escola-família

Ana Rita Barros (Psicóloga Educacional)
Quarta dia 21
10h00 – 12h00
“A verdade da chucha e não só!”

- Desenvolvimento craniofacial
- Maus hábitos e suas consequências
- A prevenção e a reabilitação

Tarcila Santos
Roberta Dutra
(Terapeutas da Fala)
Sábado dia 24
10h00 – 13h00
14h00 – 17h00
“Morte, Luto e Depressão - Educação e Família”

- Desenvolvimento do conceito de morte na criança
- O que é o luto e como está relacionado com a depressão
- Devem os pais envolver as crianças num acontecimento de perda? Como?
- Como devemos preparar as crianças para um funeral?
- Como podem os pais ajudar a promover um luto saudável?

Ana Rita Barros (Psicóloga Educacional)

* As formações incluem Certificado de Participação, documentação necessária e coffe break.
* Para efectuar a inscrição, envie-nos um e-mail para ideias.creacao@gmail.com com o nome, idade, profissão

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O regresso às aulas! – Ufa, até que enfim!

            Muitas vezes ouço dizer que as férias “fazem mal às crianças”, no sentido em que ficam mais agitadas no regresso às aulas e com dificuldades em cumprir regras outrora acatadas. Dou por mim a fazer uma comparação entre aquilo que é a vivência de um adulto em férias e a de uma criança.

Ao contrário da maioria dos adultos, as crianças gozam um longo período de férias, metade do qual os seus pais ainda se encontram a trabalhar. Ora ficam com os avós, ora passam dias ao computador, ora vão acompanhar o pai ou a mãe ao trabalho. Os horários trocam-se, a alimentação modifica-se, a agitação psicomotora tende a aumentar e, regra geral, as crianças estão mais preguiçosas e mais rabugentas!

Os pais desdobram-se em pensamentos (apelando à sua criatividade) no sentido de proporcionar aos seus filhos actividades e/ou momentos bem passados enquanto não entram, eles próprios, de férias. É a altura do ano em que os pais passam mais tempo com os seus filhos, ou onde estes passam mais tempo com adultos que não estão, de todo, habituados a usufruir tanto tempo das suas crianças! E isto é confuso, desgastante e muitas vezes incapacitante, para miúdos e graúdos.

É certo que as crianças vivenciam uma mudança de rotinas e é absolutamente normal que isso lhes provoque uma certa inquietação. Mas será tudo isto, algo que seja menos benéfico para as crianças?

Para nós, adultos, uma das vantagens de estar de férias é “não ter horários” (ouço também muitas vezes entre amigos). E isto é, tal como acontece com as crianças, uma mudança nas nossas rotinas! A única diferença consiste no facto de os adultos terem a capacidade para se reorganizarem em função das mudanças de rotina decorridas desta altura do ano. As crianças precisam de um adulto que as oriente, que as informe e que as esclareça acerca do que irá acontecer. Desta forma, irão, com mais facilidade, saber exprimir-se acerca daquilo que são as suas necessidades, as suas dúvidas e as suas impaciências.

Não é necessariamente mau que as crianças fiquem sem nada para fazer, ou que passem algum tempo em actividades que, em altura de escola, são pelos pais limitadas. Ainda assim, é necessário estar atento e saber gerir algumas características que sobressaem por esta altura. A alteração de horários e as mudanças de rotina são, também eles, processos de aprendizagem, de auto-controlo e de autonomia, tão importantes como todos os outros que são adquiridos em tempo de escola.

Por isso, não há razão para preocupações se a criança está mais agitada no regresso à escola! Afinal…quem já não passou por isso no regresso ao trabalho?

Ana Rita Barros
Psicóloga Educacional

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

GRUPOS DE PARTILHA DE BOAS PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO

É educadora de infância, coordenadora pedagógica  ou trabalha em contextos educativos com crianças diariamente?
Já alguma vez pensou que pode partilhar, semanalmente, dúvidas e questões que surgem naturalmente no seu trabalho diário com as crianças e suas famílias e assim poder contribuir para a melhoria de práticas noutros contextos educativos partilhando as suas experiências?
 
VENHA PARTICIPAR  NESTES GRUPOS DE PARTILHA DE BOAS PRÁTICAS E CONTRIBUIA PARA A MELHORIA DAS RESPOSTAS EDUCATIVAS!!

OBJECTIVOS:
* Esclarecer dúvidas/ questões/ perplexidades que poderão surgir no seu trabalho educativo com as crianças/famílias;
* Diminuir angústias inerentes ao trabalho diário com as crianças/famílias ao longo do ano lectivo; 
* Desenvolver o trabalho intragrupo no sentido de partilhar boas práticas em creche/ jardim-de-infância ou outros;
* Promover capacidade de reflexão que permita uma melhoria do trabalho diário.
 
PARA SE INSCREVER...
* Envie-nos os seus dados (nome, idade e profissão) e o seu CV (ou experiência profissional) para: ideiascreacao@gmail.com
* Será contactado para uma entrevista
* Inscreva-se até ao dia 15 de Setembro
* Para mais informações ligue para o 931 189 054

Ø Encontros com o grupo (constituído por profissionais da área educativa): 1 vez por semana/2 horas;
Ø Número máximo de participantes: 7;
Ø Duração: de Outubro a  Julho.


Orientação/ Mediação:
Célia Gandres — Educadora de Infância e Psicóloga Educacional 
Ana Rita Barros — Psicóloga Educacional