sábado, 18 de dezembro de 2010

Poema do Menino Jesus - Fernando Pessoa

“Querido Pai Natal e Querido Menino Jesus…”

… Foi assim que este ano o meu filho começou a carta, a tão conhecida carta para o Pai Natal.
O meu filho tem 8 anos e acredita no Pai Natal. Ia escrever – “ainda” – mas não o fiz. A inocência de uma criança neste acreditar faz com que eu, por simbiose materna, também acredite.
Há em nós, no irmos buscar à nossa criança interior, uma crença de que existe alguém que nos faz as prendas, que nos vai oferecer o que pedimos e que está, preventivamente, a saber se nos estamos a portar bem ou menos bem. Existe no nosso Imaginário aquele velhote de barbas brancas, gordito e bonacheirão, que, juntamente com a Mamã Natal (sim, sou sempre a favor da companhia, dum complementar!) e com os duendes ou uns anõezinhos, todos muito atarefados, que estão a ler as nossas cartas com a máxima atenção e que vão fazer o presente que pedimos (cá em casa os pedidos podem ser vários mas o Pai Natal só traz um presente para cada criança, a juntar ao da mãe, do pai, dos avós, dos tios, da madrinha e padrinho, dos amigos todos e muitos…), embrulhá-lo e entregar-nos na noite do dia 24 para 25, com um Ho! Ho! Ho! e com um toque na janela que os adultos descobrem primeiro para, de seguida, as crianças ficaram fascinadas – “O Pai Natal está aqui!”, “O Pai Natal passou por aqui!”.
Eles agora já sabem que o Pai Natal vive na Lapónia, onde há muita neve e vivem as renas e tudo o que tem que ver com o Pai Natal e vão apontar com o dedo no mapa e sentem que ficam um pouquinho mais perto. Perto no seu acreditar e nesta segurança de que ele está lá. Quando eu era criança não se falava na Lituânia mas sabíamos que o Pai Natal vivia longe mas, tão perto dos nossos corações e daquele presente que ficava na árvore que todo este  mistério dava a todas estas vivências um sabor muito especial.
O tal sabor que, ainda hoje e pela tal simbiose materna me faz continuar a acreditar no Pai Natal – com estas deturpações imaginativas de se ser mais crescido (cronologicamente falando!) - fica em mim uma lua cheia, enorme de tão gorda, com as renas a voarem e uma manta muito quentinha nas pernas do tal velhote de barbas brancas com o seu Ho! Ho! Ho! que distribui as prendas nas casas de todos os meninos e meninas ( como estamos em época Natalícia vamos deixar ficar assim e acharmos, só por breves instantes que é mesmo para Todos!).
“ Oh mãe, lá na escola os meus colegas estavam a dizer que o Pai Natal não existe!” – estas crianças querem ser todas muito crescidas e deixar escapar a magia da fantasia e do sonho. Não me lembro quando percebi que isto era assim, o não acreditar, só sei que não me deixou traumas nenhuns nem me senti enganada por ninguém.
Há uns acordos que temos uns com os outros neste mundo da Imaginação e da Fantasia que é o que não dizemos por palavras, só Sentimos e Vivemos. Estamos todos bem assim, acho eu! Também temos cá em casa o Calendário do Advento – quantos dias faltam até ao Natal? – e que vão aparecendo uns bilhetinhos todos os dias e há a maravilha matinal de ver o que o Pai Natal e o Menino Jesus deixaram desta vez, o que têm para nos dizer. Os olhos brilham mais e o sorriso fica maior de tanto diálogo surdo com o que acreditamos. O meu filho sente que devo ser eu (as mães têm a particularidade de ler os pensamentos) mas, não falamos sobre isso porque quebrava a magia disto tudo, dos dias que faltam e do que lemos nos tais bilhetinhos dobrados minuciosamente e que sabem tanto sobre nós!
E, há também o Menino Jesus que é o pequeno grande Rei desta festa. Para quem é Cristão, como é o nosso caso, juntamos os dois e fica tudo muito grandioso. Porque é do nascimento do Menino Jesus que se trata e que, espiritualmente falando, é Sua a festa.
Fica em Nós toda esta Magia destes tempos que estamos a viver e, fica também a mensagem de Fernando Pessoa e do seu Menino Jesus, que, para mim, é sempre o que recordo com muito carinho, o “Eterno Menino” que brinca, pula e “que me ensinou tudo, ensinou-me a olhar para as coisas” :
“Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o Deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
É por isso que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
(…)
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo.
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?”
           Fernando Pessoa

Um Santo e Feliz Natal para todos!
Bem Hajam!
Célia Gandres

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A MINHA PRIMEIRA PAIXÃO AFRICANA – UMA BONECA

Ainda refletindo sobre a importância do Brincar, gostaria de vos contar um segredo: um dos brinquedos que marcou a minha vida foi uma boneca, mas não era uma boneca qualquer: era uma boneca negra. É mesmo isto – foi a minha primeira paixão africana!
Ia religiosamente a casa de uma amiga de infância brincar com esta boneca. Linda como nenhuma outra que eu tivesse. As brancas, claro está! Muito normalizadas, muito iguais entre si, sem nada que me pudessem entusiasmar.
Mas, com esta boneca era diferente. Não era minha e tinha o encanto, único e fundamental de ser negra. Fantasticamente bela! Toda negra, cabelo negro, pele negra – tudo nela tinha um sabor especial na brincadeira.
O que é certo é que não era minha e no meu percurso nunca tive uma boneca negra que fosse minha. Frustração é o que é!
Só me lembro que todas as roupas, o vestir e despir, o cuidar desta boneca eram momentos únicos. E, era ponto assente de cada vez que ia a casa da minha amiga – brincar com a sua boneca negra. Todas as minhas mais preciosas bonecas brancas ficavam de lado ou eram trocadas por esta paixão.
Passaram muitos anos! Encontramo-nos periodicamente nos jantares das Amigas de infância e lembrei-me de perguntar à detentora da boneca (para não dizer dona que só fica mal e pode ser mal interpretado quando se trata de variações de cor de pele), perguntei, dizia eu, à dona da boneca – que é feito? Ainda a vês ? Como está ela?
Perguntas que se podem fazer a um antigo amigo, neste caso, amiga.
E, tal como os amigos que não nos cruzamos há muito, mas que temos um lugar no coração, muito bem guardado, que só nós sabemos localizar, ela respondeu-me:
“ Está comigo, continuamos a ver-nos! Está óptima e, às vezes falamos de ti e quer saber como estás, a menina loura que tanto brincava com ela…”
Calei-me e não quis saber mais nada. Não quis tornar pública esta minha primeira paixão africana.
Afinal, não sabia o que a boneca poderia ter contado!

Até breve!
Célia Gandres     
Psicóloga Educacional

sábado, 4 de dezembro de 2010

Como escolher um brinquedo?

Estamos em Dezembro, e caminhamos a passos largos para o Natal.
Sempre que vamos a uma superfície comercial encontramos adultos a percorrer corredores enormes em busca do brinquedo perfeito.

Como devemos escolher um brinquedo?
Bom já sabemos que temos de ter em conta a idade da criança!
A nossa primeira sugestão é que os brinquedos têm de divertir, mas têm de ser simples, procurando estimular a criatividade e a abstracção. Devem permitir a exploração continuada, estimulante e segura. Até aos 3 anos é normal que as crianças mudem frequentemente de brinquedos, pois a sua descoberta é feita por partes.

1 Ano de idade
Nesta fase Brincar é um acto tão espontâneo e natural para a criança quanto comer, dormir, andar ou falar. Logo que descobre as próprias mãos, a criança brinca com elas e o mesmo acontece com cada descoberta do seu corpo. Diverte-se com a voz quando balbucia os primeiros sons; cospe a chupeta ou o alimento vezes seguidas; atira, incansavelmente, um objecto ao chão, desafiando a paciência de quem o apanha. Desta forma, a criança vai descobrindo o seu próprio corpo e vai tomando consciência de si mesma. Paralelamente vai tomando consciência do que se passa à sua volta, distinguindo, progressivamente, o eu e o outro.
Assim ao escolher um brinquedo temos de pensar que é necessário que a criança estimule a motricidade fina, a coordenação motora e a marcha. Desta forma, os brinquedos para montar (com várias formas, cores vivas, diferentes tamanhos que encaixam uns nos outros, argolas, cubos, etc.) são um óptimo exemplo de brinquedos adequados a esta fase de desenvolvimento. Brinquedos de empurrar ou puxar são, igualmente, adequados.

2 Anos de idade
Nesta fase de desenvolvimento, a criança já adquiriu alguma linguagem, aumentou as suas competências motoras e consegue já um nível considerável de coordenação, que lhe permite actividades como chutar uma bola ou andar de triciclo. Desta forma, brinquedos em que o acto de puxar ou carregar num botão, desencadeia algum acontecimento (ex.: uma melodia, o aparecimento de um boneco, o som de um animal) são altamente apreciados pelas crianças e muito eficazes ao nível da estimulação sensorial e da compreensão causa-efeito. Outros brinquedos muito eficazes nesta fase são os cubos de empilhar (o gozo, por vezes, estará em fazê-los cair…); jogos de relacionamento de formas; um “ginásio” onde as crianças possam subir, trepar, equilibrar-se e praticar as suas competências motoras; bolas moles e macias que possam ser agarradas pelas crianças, por forma a que elas descubram o movimento de rolar; carros onde se possam sentar e andar com movimentos de pés; bonecos de plástico representando a sala, a cozinha, a casa de banho (o que permite iniciar o processo de fantasia com brinquedos que representam a realidade); e livros de imagens simples (os pais podem contar uma história associada às imagens).
É por volta dos dois anos de idade, quando aprende a manusear os objectos e a explorá-los, que a criança começa a invocar imagens e símbolos, fazendo emergir as suas capacidades representativas. É igualmente nesta idade que a criança começa a estruturar a linguagem e a associar as palavras aos actos. É frequente vermos uma criança desta idade a brincar ao faz-de-conta ou a falar enquanto brinca, interiorizando diferentes personagens. A criança tem agora capacidade de conseguir transformar um objecto tão simples como uma caixa, em coisas tão complexas como um carro, um avião ou um comboio, imitando os seus sons, os seus movimentos e as suas características, tornando possível transformar um desejo em realidade, através das imagens mentais.

3 Anos de idade
O desenho, a pintura, a colagem, a moldagem com plasticina, entre outras actividades, surgem, nesta fase, como um excelente meio para as crianças expressarem ideias e conceitos que ainda não sabem verbalizar. Os puzzles são, igualmente, uma actividade muito eficaz na estimulação da coordenação visuomotora e do raciocínio. É importante, nesta idade, que as crianças tomem contacto com jogos ou brincadeiras mais estruturados, isto é, com regras. Assim, as crianças aprendem a importância das normas para o jogo em grupo.

4/5 Anos de idade
O que caracteriza esta idade é o desejo de jogos colectivos, que potenciem a aprendizagem cognitiva. As crianças têm já grande coordenação, quer ao nível da motricidade fina quer grossa. Devem, por isso, estimular-se momentos de jogo conjunto e momentos de jogo a sós. Os jogos de construção levam a que, se feitos em grupo, se planeie, discuta, projecte e se aprenda a respeitar a vontade e as ideias do outro, e a trabalhar conceitos matemáticos como a seriação e a classificação. Os jogos de mesa são também muito apreciados pelas crianças nesta idade e são muito eficazes na estimulação da atenção, da observação e da memorização. A aprendizagem de novas canções permite às crianças estimular a memorização, adquirir mais vocabulário, desenvolver a motricidade grossa, interiorizar regras, expressar o sentido rítmico, explorar o corpo e complementar a noção de espaço e de tempo, valorizando também a sua auto-estima. As brincadeiras de grupo permitem o estabelecimento e reforço das amizades. Os conflitos de interesses são um bom estimulo à negociação, argumentação e diplomacia.
Nesta idade, a criança já sabe que está a “fazer teatro” ou a “brincar a …”, distinguindo estes jogos da realidade. Quando brinca com carrinhos percebe que estes carrinhos não são o carro em que viaja todos os dias. Já percebe a noção de conjunto e já é capaz de dividir objectos segundo as formas, as cores, relações funcionais, etc. A linguagem vai-se tornando cada vez mais complexa e a criança vai sendo capaz de utilizar conceitos abstractos, como os números, por exemplo. Nesta fase, a criança torna-se particularmente sonhadora e fantasiosa nas suas brincadeiras.

5/6 Anos de idade
Nesta fase de desenvolvimento, todo o tipo de jogos que estimulem e enriqueçam o vocabulário das crianças, são jogos muito eficazes. Da mesma forma, jogos que permitam às crianças explorarem a imaginação (ex.: contar e inventar histórias), que lhes permitam a dramatização e a improvisação e, ainda, jogos que lhes proporcionem o desenvolvimento da memória (ex.: brincadeiras que impliquem atenção e observação de detalhes) são muito úteis, tanto para o seu divertimento como para o seu desenvolvimento. Todo o tipo de actividades que proporcionem a criação de hábitos de respeito às regras, como os jogos colectivos, são um bom exercício para a promoção de atitudes de integração.

Acima dos 6 anos de idade
Nesta idade, iniciam-se os jogos de regras, que apelam à destreza física, à estratégia, ao raciocínio, à interacção e à cooperação. A forma como a criança joga releva a sua personalidade e a forma como esta está estruturada para se relacionar com o mundo, o que é claramente visível nos sentimentos que o ganhar ou perder lhe provocam. Aos poucos a criança vai melhorando a sua coordenação motora até estar completamente preparada para dominar brinquedos como a bicicleta ou outros que exijam pontaria e destreza.
São aconselhados jogos que estimulem a concentração, a precisão, e a perseverança, brincadeiras de grupo desafiantes e jogos de classificação e organização.

Seja qual for a idade, BRINCAR é muito mais importante que o brinquedo, e a interacção com a família e com outras crianças é imprescindível em qualquer idade.
Ao brincar a criança:
ü      aprende a lidar com a frustração, quando, por exemplo, não ganha um jogo.
ü      estimula e apura a sua concentração e aumenta os seus níveis de atenção.
ü      aprende a conviver com os outros.
ü      estimula a sua curiosidade, auto-confiança e autonomia.
ü      experimenta, descobre, inventa, aprende, negoceia.

Brincar é indispensável à saúde física e ao bem-estar emocional e intelectual da criança.


Assim os pais devem:
Ø    Estar presentes nas brincadeiras, pois a presença do adulto desafia a criança a querer mostrar que sabe e que é capaz de jogar com alguém maior do que ela;
Ø    Deixar a criança explorar livremente o brinquedo;
Ø    Sugerir, estimular, explicar, sem impor nenhuma forma de agir para que a criança aprenda descobrindo e compreendendo;
Ø    Participar ouvindo, motivando a fala, o pensamento e a criatividade;
Ø    Escolher brinquedos adequados à idade, ao nível de desenvolvimento e ao gosto da criança;
Ø    Incentivar a criança a pensar de forma independente, fornecendo-lhe opções e permitindo-lhe fazer escolhas;
Ø    Proporcionar tempo e espaço adequado para brincar;
Ø    Proporcionar diversidade de materiais, experiências e interacções sociais; 
Ø    Ler e contar histórias, conversar com a criança e ouvir o que ela tem para dizer;
Ø    Mostrar à criança que o jogo, o movimento, o desenho ou a leitura, podem ser tão ou mais divertidos que a televisão ou a playstation;
Ø    Encorajar a cooperação e a partilha.

Neste Natal, para além dos brinquedos que oferecer, procure tirar algum tempo e BRINQUE, vai ver que isso fará com que qualquer criança se sinta muito mais feliz!

  Ana Rita Barros    
Psicóloga Educacional

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mary and Max

Hoje é feriado e dizem que o país está em alerta por causa do frio, por isso nada melhor que sentar no sofá, com uma bela manta sobre as pernas, preparar um lanchezinho (bolachinhas e chá ou chocolate quente, são os meus preferidos!!!) e prepare-se para ver um bom filme.
Aconselho alugarem (fazer download é ilegal) uma das mais notáveis e sensíveis longas-metragens de animação dos últimos anos, assinada por Adam Elliott,  «Mary and Max» é a história de uma menina australiana solitária que troca correspondência ao longo de cerca de 20 anos com um nova-iorquino obeso de 44 anos que sofre de síndrome de Asperger.
O filme acompanha dois personagens solitários, cujas vidas se cruzam pelo maior dos acasos: uma página aleatória aberta numa lista telefónica. Motivada por uma dúvida infantil, a australiana Mary Daisy Dinkle, 8 anos, decide escrever ao nova-iorquino Max Jerry Horowitz, 44 anos e junta à carta, alguns desenhos, uma barra de chocolate e a dúvida: "de onde vêm os bebês nos Estados Unidos". A correspondência inocente muda a vida de ambos para sempre, iniciando uma história que percorre por mais de uma década.
A direção de arte é inspiradora. Elliot, dono de um Oscar (Harvie Krumpet, 2003), opta por protagonistas caricatos e simples, recheados de dor e dúvida, numa superfície maleável e cativante… Os cenários são muito mais ricos - a Austrália e seus tons terrosos contrastando com a cinzenta Nova York.
Com o palco montado, inicia-se um filme de animação sobre filosofia, religião, vida em sociedade, sexo, amor, confiança e, principalmente, a importância e o significado da amizade. As cartas também refletem a caótica estrutura racional de remetente e destinatário, sempre com um monotonia instigante.
Ideias brilhantes ("se ao menos houvesse uma equação matemática para o amor") surgem e são abandonadas em função de outra melhor, mais inocente ou simplesmente irrelevante.
Apesar de tratar de um tema quase extinto, os "pen pals", amigos de correspondência, algo bastante comum há alguns anos atrás, Mary & Max encontra reflexo curioso na modernidade de redes sociais e programas de mensagens instantâneas. Hoje em dia já não se apagam memórias queimando fotos e cartas, mas bloqueando e apagando perfis e emails.
Os personagens são feitos em massa de moldar, mas o suor e as lágrimas que eles deitam são assustadoramente reais e perturbadores.
A história oscila com imensa segurança entre a brutalidade e a ternura, e mereceu um imenso coro de elogios e vários prémios internacionais, não só pela excelência da animação em «stop-motion» como pela sensibilidade no tratamento de temas tão complexos como a deficiência, a solidão e a rejeição. Phillip Seymour Hoffman, Tony Collette e Eric Bana são as principais vozes do filme.
Bom filme J

    Susana Santos    
Educadora de Infância

Trailer Oficial Mary & Max legendado