sábado, 18 de dezembro de 2010

Poema do Menino Jesus - Fernando Pessoa

“Querido Pai Natal e Querido Menino Jesus…”

… Foi assim que este ano o meu filho começou a carta, a tão conhecida carta para o Pai Natal.
O meu filho tem 8 anos e acredita no Pai Natal. Ia escrever – “ainda” – mas não o fiz. A inocência de uma criança neste acreditar faz com que eu, por simbiose materna, também acredite.
Há em nós, no irmos buscar à nossa criança interior, uma crença de que existe alguém que nos faz as prendas, que nos vai oferecer o que pedimos e que está, preventivamente, a saber se nos estamos a portar bem ou menos bem. Existe no nosso Imaginário aquele velhote de barbas brancas, gordito e bonacheirão, que, juntamente com a Mamã Natal (sim, sou sempre a favor da companhia, dum complementar!) e com os duendes ou uns anõezinhos, todos muito atarefados, que estão a ler as nossas cartas com a máxima atenção e que vão fazer o presente que pedimos (cá em casa os pedidos podem ser vários mas o Pai Natal só traz um presente para cada criança, a juntar ao da mãe, do pai, dos avós, dos tios, da madrinha e padrinho, dos amigos todos e muitos…), embrulhá-lo e entregar-nos na noite do dia 24 para 25, com um Ho! Ho! Ho! e com um toque na janela que os adultos descobrem primeiro para, de seguida, as crianças ficaram fascinadas – “O Pai Natal está aqui!”, “O Pai Natal passou por aqui!”.
Eles agora já sabem que o Pai Natal vive na Lapónia, onde há muita neve e vivem as renas e tudo o que tem que ver com o Pai Natal e vão apontar com o dedo no mapa e sentem que ficam um pouquinho mais perto. Perto no seu acreditar e nesta segurança de que ele está lá. Quando eu era criança não se falava na Lituânia mas sabíamos que o Pai Natal vivia longe mas, tão perto dos nossos corações e daquele presente que ficava na árvore que todo este  mistério dava a todas estas vivências um sabor muito especial.
O tal sabor que, ainda hoje e pela tal simbiose materna me faz continuar a acreditar no Pai Natal – com estas deturpações imaginativas de se ser mais crescido (cronologicamente falando!) - fica em mim uma lua cheia, enorme de tão gorda, com as renas a voarem e uma manta muito quentinha nas pernas do tal velhote de barbas brancas com o seu Ho! Ho! Ho! que distribui as prendas nas casas de todos os meninos e meninas ( como estamos em época Natalícia vamos deixar ficar assim e acharmos, só por breves instantes que é mesmo para Todos!).
“ Oh mãe, lá na escola os meus colegas estavam a dizer que o Pai Natal não existe!” – estas crianças querem ser todas muito crescidas e deixar escapar a magia da fantasia e do sonho. Não me lembro quando percebi que isto era assim, o não acreditar, só sei que não me deixou traumas nenhuns nem me senti enganada por ninguém.
Há uns acordos que temos uns com os outros neste mundo da Imaginação e da Fantasia que é o que não dizemos por palavras, só Sentimos e Vivemos. Estamos todos bem assim, acho eu! Também temos cá em casa o Calendário do Advento – quantos dias faltam até ao Natal? – e que vão aparecendo uns bilhetinhos todos os dias e há a maravilha matinal de ver o que o Pai Natal e o Menino Jesus deixaram desta vez, o que têm para nos dizer. Os olhos brilham mais e o sorriso fica maior de tanto diálogo surdo com o que acreditamos. O meu filho sente que devo ser eu (as mães têm a particularidade de ler os pensamentos) mas, não falamos sobre isso porque quebrava a magia disto tudo, dos dias que faltam e do que lemos nos tais bilhetinhos dobrados minuciosamente e que sabem tanto sobre nós!
E, há também o Menino Jesus que é o pequeno grande Rei desta festa. Para quem é Cristão, como é o nosso caso, juntamos os dois e fica tudo muito grandioso. Porque é do nascimento do Menino Jesus que se trata e que, espiritualmente falando, é Sua a festa.
Fica em Nós toda esta Magia destes tempos que estamos a viver e, fica também a mensagem de Fernando Pessoa e do seu Menino Jesus, que, para mim, é sempre o que recordo com muito carinho, o “Eterno Menino” que brinca, pula e “que me ensinou tudo, ensinou-me a olhar para as coisas” :
“Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o Deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
É por isso que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
(…)
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo.
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?”
           Fernando Pessoa

Um Santo e Feliz Natal para todos!
Bem Hajam!
Célia Gandres

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A MINHA PRIMEIRA PAIXÃO AFRICANA – UMA BONECA

Ainda refletindo sobre a importância do Brincar, gostaria de vos contar um segredo: um dos brinquedos que marcou a minha vida foi uma boneca, mas não era uma boneca qualquer: era uma boneca negra. É mesmo isto – foi a minha primeira paixão africana!
Ia religiosamente a casa de uma amiga de infância brincar com esta boneca. Linda como nenhuma outra que eu tivesse. As brancas, claro está! Muito normalizadas, muito iguais entre si, sem nada que me pudessem entusiasmar.
Mas, com esta boneca era diferente. Não era minha e tinha o encanto, único e fundamental de ser negra. Fantasticamente bela! Toda negra, cabelo negro, pele negra – tudo nela tinha um sabor especial na brincadeira.
O que é certo é que não era minha e no meu percurso nunca tive uma boneca negra que fosse minha. Frustração é o que é!
Só me lembro que todas as roupas, o vestir e despir, o cuidar desta boneca eram momentos únicos. E, era ponto assente de cada vez que ia a casa da minha amiga – brincar com a sua boneca negra. Todas as minhas mais preciosas bonecas brancas ficavam de lado ou eram trocadas por esta paixão.
Passaram muitos anos! Encontramo-nos periodicamente nos jantares das Amigas de infância e lembrei-me de perguntar à detentora da boneca (para não dizer dona que só fica mal e pode ser mal interpretado quando se trata de variações de cor de pele), perguntei, dizia eu, à dona da boneca – que é feito? Ainda a vês ? Como está ela?
Perguntas que se podem fazer a um antigo amigo, neste caso, amiga.
E, tal como os amigos que não nos cruzamos há muito, mas que temos um lugar no coração, muito bem guardado, que só nós sabemos localizar, ela respondeu-me:
“ Está comigo, continuamos a ver-nos! Está óptima e, às vezes falamos de ti e quer saber como estás, a menina loura que tanto brincava com ela…”
Calei-me e não quis saber mais nada. Não quis tornar pública esta minha primeira paixão africana.
Afinal, não sabia o que a boneca poderia ter contado!

Até breve!
Célia Gandres     
Psicóloga Educacional

sábado, 4 de dezembro de 2010

Como escolher um brinquedo?

Estamos em Dezembro, e caminhamos a passos largos para o Natal.
Sempre que vamos a uma superfície comercial encontramos adultos a percorrer corredores enormes em busca do brinquedo perfeito.

Como devemos escolher um brinquedo?
Bom já sabemos que temos de ter em conta a idade da criança!
A nossa primeira sugestão é que os brinquedos têm de divertir, mas têm de ser simples, procurando estimular a criatividade e a abstracção. Devem permitir a exploração continuada, estimulante e segura. Até aos 3 anos é normal que as crianças mudem frequentemente de brinquedos, pois a sua descoberta é feita por partes.

1 Ano de idade
Nesta fase Brincar é um acto tão espontâneo e natural para a criança quanto comer, dormir, andar ou falar. Logo que descobre as próprias mãos, a criança brinca com elas e o mesmo acontece com cada descoberta do seu corpo. Diverte-se com a voz quando balbucia os primeiros sons; cospe a chupeta ou o alimento vezes seguidas; atira, incansavelmente, um objecto ao chão, desafiando a paciência de quem o apanha. Desta forma, a criança vai descobrindo o seu próprio corpo e vai tomando consciência de si mesma. Paralelamente vai tomando consciência do que se passa à sua volta, distinguindo, progressivamente, o eu e o outro.
Assim ao escolher um brinquedo temos de pensar que é necessário que a criança estimule a motricidade fina, a coordenação motora e a marcha. Desta forma, os brinquedos para montar (com várias formas, cores vivas, diferentes tamanhos que encaixam uns nos outros, argolas, cubos, etc.) são um óptimo exemplo de brinquedos adequados a esta fase de desenvolvimento. Brinquedos de empurrar ou puxar são, igualmente, adequados.

2 Anos de idade
Nesta fase de desenvolvimento, a criança já adquiriu alguma linguagem, aumentou as suas competências motoras e consegue já um nível considerável de coordenação, que lhe permite actividades como chutar uma bola ou andar de triciclo. Desta forma, brinquedos em que o acto de puxar ou carregar num botão, desencadeia algum acontecimento (ex.: uma melodia, o aparecimento de um boneco, o som de um animal) são altamente apreciados pelas crianças e muito eficazes ao nível da estimulação sensorial e da compreensão causa-efeito. Outros brinquedos muito eficazes nesta fase são os cubos de empilhar (o gozo, por vezes, estará em fazê-los cair…); jogos de relacionamento de formas; um “ginásio” onde as crianças possam subir, trepar, equilibrar-se e praticar as suas competências motoras; bolas moles e macias que possam ser agarradas pelas crianças, por forma a que elas descubram o movimento de rolar; carros onde se possam sentar e andar com movimentos de pés; bonecos de plástico representando a sala, a cozinha, a casa de banho (o que permite iniciar o processo de fantasia com brinquedos que representam a realidade); e livros de imagens simples (os pais podem contar uma história associada às imagens).
É por volta dos dois anos de idade, quando aprende a manusear os objectos e a explorá-los, que a criança começa a invocar imagens e símbolos, fazendo emergir as suas capacidades representativas. É igualmente nesta idade que a criança começa a estruturar a linguagem e a associar as palavras aos actos. É frequente vermos uma criança desta idade a brincar ao faz-de-conta ou a falar enquanto brinca, interiorizando diferentes personagens. A criança tem agora capacidade de conseguir transformar um objecto tão simples como uma caixa, em coisas tão complexas como um carro, um avião ou um comboio, imitando os seus sons, os seus movimentos e as suas características, tornando possível transformar um desejo em realidade, através das imagens mentais.

3 Anos de idade
O desenho, a pintura, a colagem, a moldagem com plasticina, entre outras actividades, surgem, nesta fase, como um excelente meio para as crianças expressarem ideias e conceitos que ainda não sabem verbalizar. Os puzzles são, igualmente, uma actividade muito eficaz na estimulação da coordenação visuomotora e do raciocínio. É importante, nesta idade, que as crianças tomem contacto com jogos ou brincadeiras mais estruturados, isto é, com regras. Assim, as crianças aprendem a importância das normas para o jogo em grupo.

4/5 Anos de idade
O que caracteriza esta idade é o desejo de jogos colectivos, que potenciem a aprendizagem cognitiva. As crianças têm já grande coordenação, quer ao nível da motricidade fina quer grossa. Devem, por isso, estimular-se momentos de jogo conjunto e momentos de jogo a sós. Os jogos de construção levam a que, se feitos em grupo, se planeie, discuta, projecte e se aprenda a respeitar a vontade e as ideias do outro, e a trabalhar conceitos matemáticos como a seriação e a classificação. Os jogos de mesa são também muito apreciados pelas crianças nesta idade e são muito eficazes na estimulação da atenção, da observação e da memorização. A aprendizagem de novas canções permite às crianças estimular a memorização, adquirir mais vocabulário, desenvolver a motricidade grossa, interiorizar regras, expressar o sentido rítmico, explorar o corpo e complementar a noção de espaço e de tempo, valorizando também a sua auto-estima. As brincadeiras de grupo permitem o estabelecimento e reforço das amizades. Os conflitos de interesses são um bom estimulo à negociação, argumentação e diplomacia.
Nesta idade, a criança já sabe que está a “fazer teatro” ou a “brincar a …”, distinguindo estes jogos da realidade. Quando brinca com carrinhos percebe que estes carrinhos não são o carro em que viaja todos os dias. Já percebe a noção de conjunto e já é capaz de dividir objectos segundo as formas, as cores, relações funcionais, etc. A linguagem vai-se tornando cada vez mais complexa e a criança vai sendo capaz de utilizar conceitos abstractos, como os números, por exemplo. Nesta fase, a criança torna-se particularmente sonhadora e fantasiosa nas suas brincadeiras.

5/6 Anos de idade
Nesta fase de desenvolvimento, todo o tipo de jogos que estimulem e enriqueçam o vocabulário das crianças, são jogos muito eficazes. Da mesma forma, jogos que permitam às crianças explorarem a imaginação (ex.: contar e inventar histórias), que lhes permitam a dramatização e a improvisação e, ainda, jogos que lhes proporcionem o desenvolvimento da memória (ex.: brincadeiras que impliquem atenção e observação de detalhes) são muito úteis, tanto para o seu divertimento como para o seu desenvolvimento. Todo o tipo de actividades que proporcionem a criação de hábitos de respeito às regras, como os jogos colectivos, são um bom exercício para a promoção de atitudes de integração.

Acima dos 6 anos de idade
Nesta idade, iniciam-se os jogos de regras, que apelam à destreza física, à estratégia, ao raciocínio, à interacção e à cooperação. A forma como a criança joga releva a sua personalidade e a forma como esta está estruturada para se relacionar com o mundo, o que é claramente visível nos sentimentos que o ganhar ou perder lhe provocam. Aos poucos a criança vai melhorando a sua coordenação motora até estar completamente preparada para dominar brinquedos como a bicicleta ou outros que exijam pontaria e destreza.
São aconselhados jogos que estimulem a concentração, a precisão, e a perseverança, brincadeiras de grupo desafiantes e jogos de classificação e organização.

Seja qual for a idade, BRINCAR é muito mais importante que o brinquedo, e a interacção com a família e com outras crianças é imprescindível em qualquer idade.
Ao brincar a criança:
ü      aprende a lidar com a frustração, quando, por exemplo, não ganha um jogo.
ü      estimula e apura a sua concentração e aumenta os seus níveis de atenção.
ü      aprende a conviver com os outros.
ü      estimula a sua curiosidade, auto-confiança e autonomia.
ü      experimenta, descobre, inventa, aprende, negoceia.

Brincar é indispensável à saúde física e ao bem-estar emocional e intelectual da criança.


Assim os pais devem:
Ø    Estar presentes nas brincadeiras, pois a presença do adulto desafia a criança a querer mostrar que sabe e que é capaz de jogar com alguém maior do que ela;
Ø    Deixar a criança explorar livremente o brinquedo;
Ø    Sugerir, estimular, explicar, sem impor nenhuma forma de agir para que a criança aprenda descobrindo e compreendendo;
Ø    Participar ouvindo, motivando a fala, o pensamento e a criatividade;
Ø    Escolher brinquedos adequados à idade, ao nível de desenvolvimento e ao gosto da criança;
Ø    Incentivar a criança a pensar de forma independente, fornecendo-lhe opções e permitindo-lhe fazer escolhas;
Ø    Proporcionar tempo e espaço adequado para brincar;
Ø    Proporcionar diversidade de materiais, experiências e interacções sociais; 
Ø    Ler e contar histórias, conversar com a criança e ouvir o que ela tem para dizer;
Ø    Mostrar à criança que o jogo, o movimento, o desenho ou a leitura, podem ser tão ou mais divertidos que a televisão ou a playstation;
Ø    Encorajar a cooperação e a partilha.

Neste Natal, para além dos brinquedos que oferecer, procure tirar algum tempo e BRINQUE, vai ver que isso fará com que qualquer criança se sinta muito mais feliz!

  Ana Rita Barros    
Psicóloga Educacional

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mary and Max

Hoje é feriado e dizem que o país está em alerta por causa do frio, por isso nada melhor que sentar no sofá, com uma bela manta sobre as pernas, preparar um lanchezinho (bolachinhas e chá ou chocolate quente, são os meus preferidos!!!) e prepare-se para ver um bom filme.
Aconselho alugarem (fazer download é ilegal) uma das mais notáveis e sensíveis longas-metragens de animação dos últimos anos, assinada por Adam Elliott,  «Mary and Max» é a história de uma menina australiana solitária que troca correspondência ao longo de cerca de 20 anos com um nova-iorquino obeso de 44 anos que sofre de síndrome de Asperger.
O filme acompanha dois personagens solitários, cujas vidas se cruzam pelo maior dos acasos: uma página aleatória aberta numa lista telefónica. Motivada por uma dúvida infantil, a australiana Mary Daisy Dinkle, 8 anos, decide escrever ao nova-iorquino Max Jerry Horowitz, 44 anos e junta à carta, alguns desenhos, uma barra de chocolate e a dúvida: "de onde vêm os bebês nos Estados Unidos". A correspondência inocente muda a vida de ambos para sempre, iniciando uma história que percorre por mais de uma década.
A direção de arte é inspiradora. Elliot, dono de um Oscar (Harvie Krumpet, 2003), opta por protagonistas caricatos e simples, recheados de dor e dúvida, numa superfície maleável e cativante… Os cenários são muito mais ricos - a Austrália e seus tons terrosos contrastando com a cinzenta Nova York.
Com o palco montado, inicia-se um filme de animação sobre filosofia, religião, vida em sociedade, sexo, amor, confiança e, principalmente, a importância e o significado da amizade. As cartas também refletem a caótica estrutura racional de remetente e destinatário, sempre com um monotonia instigante.
Ideias brilhantes ("se ao menos houvesse uma equação matemática para o amor") surgem e são abandonadas em função de outra melhor, mais inocente ou simplesmente irrelevante.
Apesar de tratar de um tema quase extinto, os "pen pals", amigos de correspondência, algo bastante comum há alguns anos atrás, Mary & Max encontra reflexo curioso na modernidade de redes sociais e programas de mensagens instantâneas. Hoje em dia já não se apagam memórias queimando fotos e cartas, mas bloqueando e apagando perfis e emails.
Os personagens são feitos em massa de moldar, mas o suor e as lágrimas que eles deitam são assustadoramente reais e perturbadores.
A história oscila com imensa segurança entre a brutalidade e a ternura, e mereceu um imenso coro de elogios e vários prémios internacionais, não só pela excelência da animação em «stop-motion» como pela sensibilidade no tratamento de temas tão complexos como a deficiência, a solidão e a rejeição. Phillip Seymour Hoffman, Tony Collette e Eric Bana são as principais vozes do filme.
Bom filme J

    Susana Santos    
Educadora de Infância

Trailer Oficial Mary & Max legendado

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A NOSSA CRIANÇA INTERIOR

Falar da nossa Criança Interior é o mesmo que falarmos de nós. João dos Santos disse-nos que temos que preservar a nossa criança interior.
Um momento para a crítica e lamechice – porque não se fala mais de João dos Santos? Porque é que tanta e tanta gente, nomeadamente educadores, pedagogos, psicólogos, não conhecem João dos Santos?
É que, caramba, o homem disse tudo. Tudo o mais que continuam a dizer, são acrescentos, muito deles repetitivos e monocórdicos, do essencial que já foi dito. (não me vou alongar mais porque fica prometida uma visita guiada por estas páginas a J.S.)
Terminada a lamechice, passamos ao que importa:
Olhamos para nós, adultos, seres crescidos nas nossas gabardinas e fatos completos, maquilhagem e sapatos de salto XXL, na nossa roupa que teimamos que seja de marca (que nos poderá acontecer se ousamos que não seja? Excomungados? Na melhor das hipóteses!!!) e, para além da casa a que chamaremos nossa daqui a meio século e do carro comprido e com televisão, há a nossa criança interior. Paremos aqui, por favor!
- A nossa Criança Interior? Quem é ela?
Pois é dela que iremos falar nos próximos tempos. Páginas e páginas de histórias com contornos mirabolantes, próprios da nossa infância e daquela fase em que tudo é possível. Será que só para alguns? É o que vamos ver.
Descobri a minha criança interior quando nasci. No dia em que chorei para o mundo nasceu a minha criança interior. Olhada por mãe e pai, avô e avó, irmão e tias e primas. Estou a falar do meu caso.
Quando me olharam, senti o amor que me tinham, senti-o bem cá dentro e, no meio de sorrisos e brincadeiras, de toca aqui e toca acolá, fui gostando de cá estar. Amada e acarinhada por todos, protegida a todo o momento, comecei a andar – um pouco tarde comparando com as outras companheiras de idade – tive o privilégio de só sentir a separação parental na entrada para a escola primária. Não me peçam para emendar por primeiro ciclo porque na altura era o nome que lhe dávamos e não vou actualizar nada só para parecer moderna e dentro das designações actuais. A minha professora primária – não vou falar dela aqui, mas deu-me um gozo tão grande ser actual com o meu tempo que, não resisti.
Como tal, vivi o meu jardim-de-infância na rua.
 Brincávamos com as bonecas, às casinhas, às mercearias com compras e vendas tão actuais que, qualquer economista se nos tivesse detectado fazia logo ali um contrato para o futuro com as nossas mães; fizemos jogos de todos os géneros, tanto dentro de casa como no exterior, tanto de grande grupo como com dois ou três; a massa de modelar com a lama em dias de chuva e o jogo do espeta permitia-nos ser os grandes conquistadores e conhecedores de um mundo ainda distante. Até tínhamos programas de tutoria com as crianças mais novas, nos quadros de giz a ensinar a fazer as letras e em actividades de arte dramática nas inúmeras peças que inventávamos, com uma dose de improviso que resultava sempre – gostava de fazer de palhaço, personagem que persisti em manter até bastante tarde, apesar da falta de jeito. Originava gargalhadas mais pelos movimentos do que pelo que dizia. Sempre fui tímida mas tinha os meus momentos de exteriorização simplesmente com a ajuda de uma máscara ou de umas rabiscadelas na cara.
Até comemorávamos os dias festivos em que o Carnaval e o Santo António eram os preferidos. Já com 10, 11 anos organizávamos tudo – pedíamos um tostãozinho para o santo tão querido, comprámos tudo o que era necessário para umas sandes, uns sumos, alguns doces e, não podia faltar a famosa fogueira. Meu Deus, vou dedicar um momento especial à fogueira : com a ajuda dos mais velhos e dos avós e dos pais, íamos buscar os ramos de árvores caídas, paus secos e muitos e muitos restos de oliveiras da nossa serra. Saltar a fogueira? Para mim, uma verdadeira aventura. Tinha medo, sabem?! Muito medo. Aquilo podia queimar e ardia muito e muito. Mas, pensam que ficava parada? Sem saltar? Oh, claro que não. Lá ia eu, começava pela parte mais pequena da fogueira e, como via que conseguia e afinal não me queimava, ia aumentando para a área mais alta. O impulso que tinha que dar, as labaredas do fogo e os estalidos da madeira que fazia arrepiar, o cheiro a fumo na roupa e no corpo que o banho tirava mas que, ainda hoje o tenho dentro de mim e, quando ia para casa depois da minha mãe me chamar, ficava aquela sensação única de ter sido capaz. Uma vez fui apanhada pela minha mãe nestes saltos mais altos e mais perigosos aos olhos dos adultos. Que tristeza! Tive que ir para casa e ver o resto dos saltos dos meus amigos pelas grades da minha varanda. Ainda bem que dava para ver do meu quarto, porque assim continuei a saltar sem ninguém saber.
No Carnaval, as mães e as avós ajudavam nas roupas e vestíamo-nos de uma personagem que poucos conhecem que era os “matrafões”. Claro que dá erro no computador porque nenhum Windows ou vista sabe do que estou a falar. Estes bonecos apareciam depois de vestirmos umas roupas dos adultos bastante largas, com almofadas à volta da cintura, gravata a condizer, cara tapada com um lençol recortado para olhos, nariz e boca, pintados com bigodes e rosetas vermelhuscas, e uma mala repleta das mais variadas brincadeiras de Carnaval – bisnagas, papelinhos, instrumentos para desassossegar a mais tranquila das velhotas com quem íamos brincar – “É Carnaval ninguém leva a mal!” E, é verdade, ninguém levava. Os matrafões eram sempre dois ou três e o resto da miudagem acompanhava-nos na perseguição de porta a porta, conhecidos e não conhecidos. O difícil era que nos ofereciam de comer e não podíamos porque causa da cara tapada. Perdemos belos petiscos!
Uma vez fizemos uma deliciosa festa do pijama, sempre de “matrafão” com a cara tapada em direcção ao baile do clube da terra e foi um sucesso tantas danças e redanças com uns e com outros sem parar. O ponto alto nestas mascaradelas foi o Casamento – todos vestidos a rigor, a noiva grávida como convém nestes acontecimentos de brincadeira e eu que emprestei à noiva o vestido de casamento da minha mãe e nunca mais ninguém o viu. Perdi a hipótese de repetir a façanha no ano seguinte.
Quem tomava conta de nós? Ninguém e toda a gente. Cresci numa praceta sem saída de carros, só de escadas. Explico isto porque nas brincadeiras das escondidas, podíamos dar a volta aos prédios e dificilmente nos encontravam. Em todos estes momentos, os adultos estavam lá, à janela, sentados nas portas mas, não estavam. Falavam das suas coisas de adultos, entretidos nas suas realidades e nós éramos livres. A verdade é mesmo esta – livres. Que bom que é ser criança e ser livre. Com uma vigilância responsabilizada, consciente mas em que os momentos eram só nossos. Muito nossos. Havia a hora de chegar para brincar – Mãe, posso ir para a rua? Pai, eles já lá estão e eu não quero comer mais, vá lá, por favor, deixa-me ir?
Nunca ninguém foi de ambulância para o hospital, nada de grave, só as partidelas de braços e feridas normais para centro de saúde. Eu, como “Maria rapaz” que era, fui muitas vezes ao Centro de saúde, chamava-se Caixa, fazer pensos das minhas feridas que demoravam a sarar por serem várias. Ia sozinha, era bastante perto e a enfermeira já me conhecia – era cliente fiel.
Corríamos, saltávamos, pulávamos. Jogávamos a tudo o que era jogo – futebol, o mata, o espeta, sirumba, raquetes, macaca, países, hóquei, ténis, ping-pong – improvisávamos o que tínhamos com o que não tínhamos mas passávamos a ter. Carrinhos de rolamentos, bicicletas para dois e às vezes três, skates; maratonas de monopólio, mikado, quatro em linha; baptizados das bonecas com tudo de direito e caminhadas à serra para apanhar a espiga, mas aí na companhia de um adulto porque era o mundo lá fora, muito longe, depois dos prédios da rua de baixo.
No tempo da série – “Os Pequenos Vagabundo” – as aventuras apareciam diariamente para as vivermos e fantasiarmos muito do que víamos e líamos nos livros dos Sete e dos Cinco. Não havia grutas para explorar mas os canos da água com passagens subterrâneas faziam o efeito desejado. Só me ocorre dizer – Momentos Únicos! Sem dúvida!
E, a nossa Criança Interior?
Á parte todas estas brincadeiras, havia a escola, havia a vida em casa com os nossos familiares e, cada um de nós vivia a sua realidade. Tínhamos um ponto comum – crescemos também na Rua. Uns com os outros. Umas com as outras. Com os mais novos. Com os mais velhos. Dois anos de diferença uns dos outros era uma distância enorme.
A nossa Criança Interior formou-se com tudo isto. Pela forma como vivíamos os nossos medos, como nos dávamos uns com os outros, o respeito à Natureza, aos nossos amigos e amigas, aos nossos familiares. Como nos olhavam e como nos amavam. Ou melhor – com que olhos nos olhavam, nos amavam, se riam e choravam… Como vivíamos com o que nos acontecia, o que inventávamos, o que queríamos fazer.
Esta criança que vive em cada um de nós, que mora em nós, que está sempre connosco é muito do que nós somos.
Estamos mais altos, mais gorditos ou magritos, mas a nossa criança interior continua igual. Nós crescemos mas ela está lá – intacta. Toda ela repleta do que vivemos, de bom, de menos bom, de amores e desamores das figuras parentais (quaisquer que tenham sido), com carências e excessos, com equilíbrios, com reservas e sem reservas, com menos ou mais frustrações, com pouco ou muito amor para dar – tudo, mas mesmo tudo faz parte desta nossa Criança interior. Digo nossa, não porque seja múltipla mas porque é só nossa e de mais ninguém. Unicamente nossa!!!
Hoje, aqui e agora, os adultos que somos, têm que se lembrar da sua criança interior. Olhar para ela, percebê-la, falar dela. Este regressar à essência de cada um é uma viagem demorada. Levem lanche, não se mascarem de matrafão para o poderem saborear e, para resultar melhor, façam a viagem acompanhados. Sabem porquê? Porque com uma companhia especializada, os olhares são mais atentos e o lanche será partilhado.
BEM-HAJAM!
Até Breve!
Célia Gandres       
Psicóloga Educacional 

sábado, 13 de novembro de 2010

Regras e Disciplina

Olá a todos! O tema de hoje surge da necessidade de responder às principais dúvidas dos pais acerca do estabelecimento de regras. Na verdade, é um processo complexo que suscita muitas questões quer ao nível da sua implementação, quer ao nível da sua manutenção. A resposta a todas as dúvidas inerentes é mais complexa do que possa parecer!

Comecemos, então, no início do desenvolvimento do bebé, ainda dentro da barriga da mãe. Sim, porque durante a gravidez é já possível iniciar o processo de estabelecimento de regras. A mamã, ao estabelecer ritmos de alimentação e sono regulares, vai estar a educar o seu bebé e, quando este nascer, vai ser mais regulado do ponto de vista da alimentação e ritmos de sono.
No entanto, após o nascimento, a tarefa da educação dos filhos, será um pouco mais complexa.
Muitos pais, quando questionados, afirmam a importância da disciplina e do estabelecimento de regras na educação dos seus filhos. Apesar disso, admitem que, no dia-a-dia, quando é necessário fazer valer esta convicção, se mostram incapazes, pouco firmes e, por vezes, até receosos.
Vejamos então, a que se deve este “medo”?
A principal razão que leva os pais a serem tão pouco firmes é:
o medo de perderem o afecto dos seus filhos.
É um facto que a curto prazo as regras geram, por parte das crianças, irritação, frustração, ressentimento e antipatia em relação aos seus pais. Contudo, esta reacção negativa de rejeição é transformada, a longo prazo, numa reacção positiva, manifestada por sentimentos de retribuição e satisfação em relação aos pais. Isto porque, o facto de os pais conseguirem ser firmes na imposição das regras e de as fazerem cumprir significa que estão preocupados com os filhos, que lhes dão atenção, que cuidam deles. A firmeza é sinal de envolvimento e preocupação. As crianças sentem-no! Elas precisam de alguém que lhes diga o que fazer e como fazer. Têm necessidade que alguém lhes estabeleça os seus próprios limites, pois elas ainda não têm capacidade para o fazer.
Através do estabelecimento de regras, as crianças vão aprender a auto-controlar-se e, consequentemente, tornar-se-ão jovens e adultos seguros, com capacidade de se conhecerem e de se respeitarem a si próprios e aos outros, de se adaptarem a diferentes contextos de vida e de serem cada vez mais autónomos.
Assim, as crianças aprendem a tolerar a frustração e a controlar a impulsividade.
O auto-controlo é, sem dúvida, a aquisição mais importante proveniente do estabelecimento e assimilação de regras. Permite à criança reprimir ou controlar, no futuro, comportamentos indesejados e inapropriados, agindo, assim, de forma socialmente aceitável.

Muitas vezes, as crianças conseguem ser muito persistentes quando querem fazer valer a sua vontade. Fazem birras que deixam os pais com “os nervos em franja”. No entanto, estes episódios não passam de um jogo de medição de forças entre a criança e os pais. A criança faz um pedido; os pais dizem “não!”; a criança testa os limites chorando, fazendo birra, atirando-se para o chão; os pais exaustos acabam por ceder. Com isto, a criança aprende que se chorar muito, se se atirar para o chão, se disser aos pais que eles são maus e que não gosta deles, etc., consegue que eles cedem às suas vontades.
Não é necessário que os pais estejam constantemente a dizer “não” mas, quando o fazem, deve ser de forma convicta e consistente.
10 PASSOS ESSENCIAIS
v    Evite gritar. Gritar e resmungar tendem a fazer com que o seu filho “desligue” daquilo que lhe diz. Fale num tom firme, mas sem gritar. Quando se tratar de alguma regra que o seu filho está farto de saber, mas a qual não está a cumprir, em vez de utilizar um longo discurso sobre como ele é teimoso e como já está farto de lhe dizer sempre a mesma coisa, etc., tente utilizar frases simples e directas num tom firme de voz. Isto é, tente dizer:  “Arrumar o Quarto!”; em vez de: “Estou farto de te dizer que tens de arrumar o quarto quando acabas de brincar! És sempre a mesma coisa! Tenho de estar sempre a repetir isto…!”.

v     Decida quais as questões que nunca são negociáveis. Deste modo, o seu filho sentir-se-á mais seguro e confiante, uma vez que aprende que existem limites consistentes e que o seu mundo é previsível. Estará também a evitar birras desagradáveis, pois tal atitude permite que a criança aprenda que não consegue manipular situações. Para que tal resulte terá de ser inflexível nas suas decisões.

v     Seja pró-activo. Tente prevenir o mau comportamento do seu filho. Por exemplo, se sabe que uma ida ao médico leva, a maior parte das vezes, a que o seu filho se porte mal, por estar muito tempo à espera, prepare um saco com bolachas, livros, lápis, papel e bonecos para que ele se entretenha.

v     Recompense, sempre que merecido. A chave para o sucesso reside, muitas vezes, em recompensar a criança consistentemente pelo progresso feito. Entre em acordo com o seu filho sobre a mudança desejada no comportamento e a recompensa dada. Terá de o recompensar imediatamente a seguir ao comportamento desejado ter ocorrido. Dois tipos de recompensas muito importantes e eficazes são a atenção que lhe dispensa (ex.: “vou contigo ao jardim”; “jogamos às cartas”; “conto-te uma história”) e o elogio (ex.: “obrigado por te teres portado tão bem!”; “Estou muito feliz por ter um filho como tu”).

v     Tome consciência de que castigar convida, frequentemente, a criança a querer desafiá-lo ainda mais. Um castigo pesado pode impedir que o seu filho se sinta realmente arrependido pelo que fez de mal.

v     Evite comentar com terceiros, em frente à criança, o mau comportamento dela. A criança, de forma inconsciente, percebe que lhe está a dar atenção, mesmo que seja por ter agido mal.

v     Tente evitar ao máximo que surjam desacordos entre o casal. Os pais devem acordar quais as regras a incutir nos seus filhos e como o farão, não se devem desautorizar diante dos filhos, os conflitos e os desacordos devem ser resolvidos na ausência das crianças.

v     Dê sempre o exemplo. Para que o seu filho possa aprender a auto-controlar as suas emoções, é necessário, antes de mais, que ele veja que os seus pais têm um bom auto-controlo. As crianças adquirem muitas competências observando os outros e imitando comportamentos.
v     Envolva o seu filho em todo o processo. Peça a colaboração do seu filho no estabelecimento das regras a cumprir e das metas a atingir. Desta forma, estará a permitir que ele se comprometa a cumprir o que foi estabelecido, uma vez que o seu filho foi interveniente neste processo e assume uma responsabilidade. O conjunto das regras acordadas pode ser escrito pela própria criança e afixado num local significativo (ex: porta do frigorífico ou porta do quarto) para que possa ser relembrado sempre que necessário.
v     10º Evite dizer “não!”. Tente dizer “sim” sem mudar as regras. Por exemplo, em vez de dizer constantemente “Já te disse que agora NÃO quero que vejas televisão!”, tente dizer “Depois de jantarmos podes ver um bocadinho de televisão.” No entanto, sempre que seja necessário aplicar um “não”, explique o porquê da sua decisão de uma forma simples, que a criança possa entender. Por exemplo, em vez de dizer: “Não te quero à janela! Sai já dai!”; diga entes: “Não te quero à janela! É um sítio muito perigoso para os meninos da tua idade, porque querem tanto espreitar lá para fora que podem desequilibrar-se e cair. É por isso que eu fico sempre muito preocupado/a quando te vejo ali. Quando quiseres espreitar, pede à mãe ou ao pai, está bem?”

Todas as crianças precisam de regras! Com regras e limites as crianças sentem-se seguras relativamente ao ambiente que as rodeia. O protesto, por parte da crianças, contra essas regras é normal! Cabe ao adulto não ceder ao jogo de medição de forças e dar sempre o exemplo com o seu comportamento. Não nos podemos esquecer que, como educadores, nós somos os modelos das nossas crianças!

                                                                                                                                Ana Rita Barros    
Psicóloga Educacional

sábado, 2 de outubro de 2010

Ideias & Creação no Facebook

Ideias & Creação é uma Marca Registada desde Janeiro 2010 e encontra-se vocacionada para a consultoria na área da educação.

Somos especializadas em:

  • Consultoria em Educação
  • Formação em contexto pedagógico
  • Avaliações do Desenvolvimento
  • Avaliações Psicológicas de crianças e jovens
  • Apoio Psicopedagógico
  • Explicações
  • Babysitting

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Bem Vindos!!

Quem somos?
Somos profissionais na área da educação e pretendemos divulgar, em nome da marca IDEIAS&CRĖAÇÃO, o projecto inovador de que somos promotores.
IDEIAS&CRĖAÇÃO surgiu da ideia de um grupo de profissionais da área educativa que acredita que é possível atingir a excelência na educação através da adequação dos cuidados e ocupação do tempo de crianças e jovens.
Actuamos exclusivamente no segmento da educação, prestando, entre outros, serviços de consultoria em gestão estratégica de Instituições de Ensino.
A IDEIAS&CRĖAÇÃO acredita no diálogo com as Instituições de Ensino e na sintonia personalizada com sua realidade. O aperfeiçoamento e o desenvolvimento de pessoas e de organizações integram a nossa missão.
Apoiar e acompanhar a evolução de todo o Processo Educativo, com um verdadeiro espírito de cooperação e parceria com toda a comunidade, são os nossos principais instrumentos.
O que fazemos?
Integrada neste projecto ambicioso, temos uma oferta de serviços bastante variada na Área da Educação, cuja qualidade, integridade e seriedade é assegurada por uma equipa de especialistas altamente determinados e motivados a obter os melhores resultados.
Disponibilizamos, assim, de acordo com as necessidades das famílias/comunidades escolares os seguintes serviços:
  • Avaliações psicológicas e do desenvolvimento
  • Apoio Psicopedagógico
  • Babysitting
  • Explicações/grupos de estudo
  • Implementação de Projectos: Promoção de Competências Sociais e Métodos de Estudo (e outros consoante as necessidades apresentadas pela instituição)
  • Projectos de Consultoria em Educação com vista à promoção da qualidade global da Instituição Educativa
  • Formação diversa e em contexto (consoante as necessidades apresentadas pelas Instituições)